quarta-feira, 13 de julho de 2011

Completa

Sentir a alma plena, completa. Acho que é isso que venho buscando tanto, com tanta dedicação. Dedidcação e uma confusão que consome a minha mente. Sentir, definitivamente, que já não falta mais nada que possa preencher um mundo que é só meu. Buraquinhos que só eu sei que existem no meu peito.

Vazios incapazes de serem completos com o conforto do tempo, com palavras de acalanto, com dias de esperança. Vazios que entristecem e que se estivessem cheios poderiam, mesmo confundindo, trazer satisfação e um pedacinho de felicidade. Dúvidas que insistem em se refazer, em continuar aqui dentro, em criar novas dúvidas. Dúvidas que têm respostas tão claras que chegam a se transformar em novas dúvidas.

Lacunas que se completam e se esvaziam diariamente. Se completam com as minhas tentativas de completá-las e de excluí-las. Mas se esvaziam com a minha certeza de que ainda falta alguma coisa, de que que não é aquele preenchimento que eu estou buscando, certeza de que há algo fora do lugar, certeza da iminência de tanta ilusão. Lacunas que me impedem de buscar aquilo que mais do que ser o que quero é aquilo que eu preciso e que, indiscutivelmente, me fará melhor.

Sinto faltas que me fazem acreditar que eu poderia seguir por outro caminho. Caminho que, mesmo que seja mais difícil, acalma, conforta, alegra...confunde, tira do sério, leva a razão embora. São faltas que ao serem supridas trazem momentâneos brilhos nos olhos, sorrisos inexplicáveis, misteriosos frios na barriga, rápidas sensações de saciedade. Sentimentos que maqueiam suas reais necessidades e as trilhas para os caminhos mais seguros.

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