quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

I'm so between the lines...

Tô naqueles dias em que a mente tá cheiona de coisas e que você não consegue ordenar as ideias pra poder escrever. E é difícil começar uma coisa quando não se sabe por onde começa...é como achar ponta de pisca-pisca em época de Natal, sabe? Demora...mas rola. E é daí que sinto que saem as melhores coisas, as palavras mais sinceras, aquelas que saem de onde estão direto pra tela do computador, já que não usamos mais papel.

Sentimentos muito diferentes se misturam dentro de mim, mais na minha cabeça do que no meu coração. Meu coração anda muito bem resolvido. Tô vivendo aquelas fases em que tudo faz sentido pra mim quando se trata disso. Estando bem com isso, você tem meio caminho andado, tem coragem e paixão pra seguir em frente. Um coração em paz te chama para ter uma mente tranquila.

Mas...quem é que consegue ter um coração em paz quando se vive batalhando com a própria mente? Isso é algo que chamo de impossível. Minha mãe sempre me ensinou o poder da mente e o bem ou mal que ela pode lhe fazer. Hoje acredito muito nisso...e agradeço por não ter nenhum pensamento que julgo ruim na minha mente. O que tenho são palavras soltas, pensamentos confusos, decisões já tomadas - e bem tomadas - que eu insisto em repensar.

Tenho medo de começar e de terminar coisas. Sempre fui assim. E essas características pesam na minha cabeça há 25 anos, nunca fui muito objetiva ou até mesmo uma pessoa simples. Se tenho de começar algo tenho medo daquilo que vou encontrar no caminho que devo começar. Se tenho de terminar, repenso as consequências um zilhão de vezes e nunca acharei que estou certa ou que a culpa não é minha.

Hoje, o que mais me aflige, é ter de terminar uma coisa que nem ao menos comecei. Ou comecei, mesmo sem perceber. Não é algo que me dói na carne, que vai me dilacerar o coração dentro do peito e nem me fazer derrubar algumas lágrimas...que, na verdade, já começam a cair. Bom, talvez algumas. É daquelas coisas que te fazem perder o ar e que você sabe que, nesse caso, respirar é mais do que preciso.

Por mais que pareça bobagem e totalmente controlável...acredite...não é. É necessário disciplina, memória curta, pouca atenção aos detalhes, ao que está subentendido. E mais do que isso é preciso que você não tente ouvir, no silêncio, aquilo que você queria que tivesse sido dito.

Costumo escrever quando sinto coisas que julgo só minhas, que posso escrevê-las de um jeito que ninguém entenda. Dessa forma é quando digo tudo aquilo que eu sinto pra mim pra que eu possa olhar de fora, analisar e tentar entender. Acho que quando escrevo é o momento em que saio do meu corpo e assisto minha alma contando os melhores segredos sobre mim. Acho que estou começando a entender o que se passa.

Um comentário:

Marília disse...

Preciso dizer algo?
se fosse eu escrevendo, não pareceria tão real pra mim!
sisters, né? :D
Amei sxu!