domingo, 26 de junho de 2011

Os velhos hábitos e as novas manias...

Ando pensando muito nas minhas novas manias e nos meus velhos hábitos. Nas minhas novas paixões e nos meus antigos amores. Nos meus velhos amigos e nos meus novos colegas. Ou até mesmo em novos colegas que eu sei que se tornarão velhos amigos. Na moda que eu uso hoje e no meu estilo original. Na cor em que escolhi e na cor que meus pais fizeram para o meu cabelo. Nos meus interesses esquecidos e naquilo que me completa hoje. Nas minhas características japonesas e na minha origem portuguesa. Nas personalidades em que venho assumindo nos últimos 25 anos e na minha essência mais verdadeira e original.

Ando pensando que em há fases na vida em que o ser humano precisa se refazer, se reconstruir e readaptar para viver novas realidades, novos momentos, dia após dia. Porém, mais ainda acredito que existem fases onde é preciso voltar para aquilo que é seu e retomar os seus itens originais de fábrica. E não, não se trata de saudosismo e tão pouco de achar que evoluir não faz parte de um processo de aprendizado e crescimento. Mas, acredito que somos capazes de mudar tanto que passamos a colocar em uma pasta daquelas sanfonadas nossa essência divida por categorias e substituí-las aos poucos quando poderíamos, na verdade completá-las. Completá-las de forma que elas continuassem ali, o tempo todo nos lembrando de que um dia sonhamos em ser bailarinas, astronautas ou atriz/modelo/manequim. Nos lembrando de como o beijo na boca dava um imenso frio na barriga, como a primeira vez era algo marcante, como as músicas que ouvíamos nos diziam, de fato, alguma coisa...mesmo que alguma coisa ruim ou somente engraçada.

Essas nossas categorias deveriam ficar ali, como em uma cristaleira, como taças e xícaras que você só usa quando chega uma visita na sua casa, sabe!? E mesmo você usando pouco, o importante é saber que as tem e que elas estão ali...deixando a sua sala mais bonita e elegante. Afinal, se estão na cristaleira é porque são frágeis e não foram feitas para serem usadas no dia a dia.

Acredito nisso. Acredito que ocasiões especiais podem sim ser marcadas por aquilo que já te faz feliz, que já te fez bem, que te fez chorar de emoção, que te fez dançar de uma forma engraçada e que te fez usar um corte de cabelo que hoje pode ser vergonhoso. Acredito em honrar aquilo que já se foi.

Não defendo a ideia de sermos definitivos, mas aposto nessa coisa toda de trazer de volta os antigos hábitos se os novos não se estão te fazendo bem, em pensar em sentimentos que ainda existem mas que possam estar em um lugar de menos destaque quando merecem estar em primeiro plano, em ouvir como estão seus velhos amigos, em viver com mais intensidade seus antigos amores sabendo que eles são mais consistentes e confortantes do que novas paixões. Aposto em voltar sempre às suas origens, mesmo não sabendo qual é ela exatamente.

E mesmo as suas novas características te completando tão incrivelmente, sua origem, inevitavelmente fala mais alto, a sua origem é responsável pelo sangue que te deu a vida, que formou a sua essência. E essa essência é sim constante e definitiva. E te define, mesmo que o seu comportamento mude e a cor do seu cabelo também.

2 comentários:

Uehara G. disse...

yeah

Rafa zangalli disse...

como ja é de costume vc escrevi aqui ou em qq outro lugar o que muita gente não consegui ordenar e organizar dentro de si, só naum pode ficar chorando né...sdds sempre