terça-feira, 28 de abril de 2015

E quando volta?!



Essa é uma das minhas músicas preferidas no mundo. A simplicidade, de repente, é o melhor de tudo. Você não vai se arrepender, vai em frente. 

Eu tenho um amigo, um grande amigo, desses que ainda têm o coração puro de verdade, sabe?! E hoje a gente conversava sobre sentimentos que não morrem e tanta coisa me passou pela cabeça e pelo coração que passei o resto do dia zonza. Senti aquela falta de ar que chega sem dar aviso, uma angústia no peito, o coração apertado e uma confusão de fazer chorar.

E foi então que, pela milésima vez, revisitei meus sentimentos mais antigos, mais desgastados, mais surrados...aqueles mais intensamente vividos, que te causam emoções sem limites, que te transportam, que te fazem acreditar que a humanidade só atingirá seu ápice quando encontrar a solução pra viagem no tempo.

Foi quando eu entendi que é isso: se é verdadeiro fica. E fica de verdade. Pra fazer sorrir, pra machucar, pra dar saudades, pra trazer lembrança. Se for de verdade não tem negócio de tempo, sentimentos são forças que transpõem essas barreiras e arrebatam o coração da gente. E você nunca sabe quando uma coisa dessas vem pra partir seu coração ao meio e levar sua cabeça pra lugares que você nem sabia que podia chegar.

E sentimentos que não morrem te fazem temer o amanhã, tem fazem temer a intensidade que eles terão nos próximos dias. Sentimentos que ficam são os mesmos que te reforçam as mesmas incertezas doloridas e, ao mesmo tempo, te brindam com as sensações mais doces, com as lembranças mais deliciosamente relembradas. Sentimentos que ficam te encorajam, te cobram, te lembram, te revigoram. Sentimentos que não morrem, como disse minha cantora preferida, são como gravidade...eles irão te atrair sempre.

Quando se tem certeza de que nada mais daquilo mexe contigo é quando sua fragilidade vem à tona e o presente fica do tamanhinho de uma seriguela diante da enormidade dos dias que você tem pela frente. Acabou a força, a coragem, a certeza. Acabou a vontade de ir em frente e o desejo de voltar atrás te invade. E tá tudo no chão...planos, projeções, metas, objetivos. E você só enxerga vontade, volta, revisita, re-sentimentos...assim mesmo, separadinhos e juntos, pra mostrar que é de novo e não dolorido.

E então, você se vê, e já suspirando. Olhos transbordando, a mente a quilômetros - ou dias, anos, horas - do seu corpo. Frágil diante de todas as suas memórias, dos seus sentimentos mais comprimidamente alojados para que caibam no seu peito, para que não extrapolem o espaço do coração. Tudo isso porque você, meu bem, carrega e preserva uma história. E, pra mim, somos feitos disso. De, como já escrevi aqui tantas e tantas vezes, de páginas escritas para que sejam lidas como nosso livro preferido ou como aquela caixinha de cartas de adolescente...quantas vezes forem desejadas e sempre que se quiser.

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