quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que você é?! E o que você quer ser?!


O tempo que se tem pra si é pouco, bem pouco. Você existe, mas às vezes não vive tudo aquilo que gostaria de viver. Eu, por exemplo. Me chamo Carla Carolina de Oliveira Mendes Carvalho, tenho 24 anos, sou jornalista.

Trabalho em um site chamado Notícias Agrícolas, escrevo e leio sobre agroeconomia (existe essa palavra?!?!) o tempo todo. Mas, na verdade, acho que eu gostaria de ter 10 anos, escrever com letra de forma sobre pessoas, chocolates, filmes, música e quadrinhos da Turma da Mônica.

Como não posso, faço a economia se parecer com chocolates, pessoas filmes bobos e boa música. Assim eu me completo, pago as contas e ainda me sobra alguma coisa pra sustentar meus vícios: cinema e coisas boas de comer.

Talvez você não saiba, mas por trás de todas as notícias de soja, milho, boi e a revisão do Código Florestal Brasileiro eu já dei muitas risadas (mas muitas mesmo!!!), já ouvi infinitas piadas de duplo sentido e passei horas ao lado dos melhores colegas de trabalho que eu poderia ter. E é com a economia que, hoje e antes completamente impensada, eu sei que sou capaz e que há pessoas que acreditam em mim.

Tenho muitos amigos. Mas tenho poucos bons, bons, bons amigos. Alguns deles nem mesmo sabem o quanto são meus amigos! O importante é saber que eu estarei aqui, pra quando eles precisarem. E eles estarão lá pra lerem o que eu escrever sobre pessoas/chocolates/filmes/música ou mesmo economia.

Sinto saudades de quase tudo. Até de pessoas que não conheci. De sensações que gostaria de ter sentido. Do cheirinho da minha mãe de quando ela não está perto de mim, do miojo da minha vó, do bolo de chocolate da minha prima Márcia e de usar vestidos de festa junina. E sinto saudade do beijo e do abraço do Rafa o dia todo. São eles que me fazem acordar dia após dia.

Não sinto saudade do meu passado profissional, mas não de todo ele. Fiz coisas que não sabia que sabia fazer, aprendi coisas que não gostaria de ter aprendido e que hoje, quando penso, ainda me amarguram, mas não ficam mais em mim. E também não sinto falta de química, física, matemática ou trigonometria.

Gostaria de não ter vivido muitas coisas. Mas acho que hoje sei porque passei por elas, como passei, mesmo não as tendo merecido. Hoje procuro me ocupar menos com isso, e mais com planos, metas e comemorações daquilo que já conquistei. Acho que tem valido mais a pena.

7 comentários:

Marília disse...

Adorei seu texto!! Difícil encontrar pessoas que ainda escrevem com tanta sensibilidade...adorei ainda mais pq me identifiquei mto... como sempre né, irmã? rs beijos

Carla Carolina disse...

Como sempre...FOFA demais!!! Beijo Má!! Te adoro, irmã!!

sophia disse...

que lindo texto carolina parabens.. espero te ver no jogo da copa.. beijo

Unknown disse...

Xará invertida...nossa, ao ler seu texto hoje me emocionei sabia? Parece que caiu como uma luva no meu dia. Me fez parar para pensar em tanta coisa que passei, e em outras tantas pelas quais gostaria de ter passado.
Parabéns Carlinha, sempre muito bom te ler viu?!
Beijão!!

Uehara G. disse...

Yo, giiiirl.
Muitas vão se identificar com o seu texto! Inclusive eu =D
êeee
O futuro é tão incerto. Nunca sabemos o que mais tem por vir.
Mas não podemos esquecer do nosso passado, não é mesmo?
Isso aí, girl. Keep it up.

-acorde sempre dia após dia, porque não sei o que seria sem você ;D

Carla Carolina disse...

Gabiii!! A sua espontaneidade me ajuda a acreditar cada dia mais na vida!! Te amo muuuito!!

ana paula carvalho disse...

amoreca
sempre podemos escrever um novo fim...
o começo? ah! deixa pra lá ! já passou mesmo ... ou você acorda de manhã doidinha pra comer um pão francês de 3 dias atras?????
i love u forever