domingo, 1 de maio de 2011

Não gostar ou vontade de não gostar?!

Gostar ou não gostar. Ando pensado muito nisso nesses dias. No modo de gostar, na intensidade do gostar, da necessidade do gostar, na evolução do gostar. Por outro lado, do modo do não gostar, na intensidade do não gostar, da necessidade do não gostar, da evolução do não gostar.

Pior do que todos estes tem a vontade do gostar ou não. A vontade de gostar aparece quando as coisas lhe parecem naturais. Perceba. A vontade de gostar surge quando você quer gostar ainda mais, mesmo que não possa, ou que não deveria. A vontade de gostar dá ainda mais frio na barriga do que o gostar em si. A vontade de gostar te prova coisas, te transporta pra um mundo complicado a beça. A vontade de gostar te faz enxergar coisas que talvez possam alimentar dentro de você a vontade de não gostar.

A vontade de não gostar pode ser boa ou ruim, pode ajudar ou atrapalhar. A vontade de não gostar pode ser bem mais verdadeira, e na maior parte das vezes é mesmo, do que a vontade de gostar. A vontade de não gostar te mostra as coisas como elas realmente são, a vontade de não gostar te mostra a essência dos sentimentos, te mostra como seria bom poder dominar suas vontades.

A vontade de não gostar é aquela que elucida, que te sacode, que te aponta as coisas erradas, os passos em falso, a possível mudança do não gostar pro gostar. A vontade de não gostar é uma forma sutil de alerta, é a balança das suas outras vontades.

A vontade de não gostar sinaliza os seus desejos mais iconscientemente conscientes. Direciona sua força, seja para o lado que for. E isso tudo acontece porque simplemesmente porque a vontade de não gostar não é como não gostar realmente.

4 comentários:

Carol Tavares disse...

Quanto mais se pensa em esquecer... Mais se lembra.

Carla Carolina disse...

O esforço pra lembrar é a vontade de esquecer.

Marília disse...

Eu acho q dessa vez nem preciso comentar né, sxu? Passo a vez... Perfect! :)

Unknown disse...

Como sempre xará, texto maravilhoso! Pura verdade traduzida nas palavras certas! Caio F. escreveu certa vez: "preciso desesperadamente esquecer-te, como preciso neste instante de seu abraço."