domingo, 8 de maio de 2011

Resolvi que...

Não pensar em nada te faz pensar em um milhão de coisas. Debaixo de um céu com pouco mais de quatro nuvens, no início destas palavras, vi como as coisas podem se desprender, se transformar...e mais facilmente do que se imagina e se teme.

Com este mesmo céu em cima de mim, numa tarde de outono em um domingo, depois de um almoço de Dia das Mães, resolvi que não quero mais um monte de coisas. Resolvi que não ouço mais Sara Bareilles, nem Strokes, Travis, Angus and Julia Stone, Coldplay ou Los Hermanos. Passei a desgostar mais de Angra do que o normal. Passei a apostar mais na minha playlist de U2, música mineira, Beatles, Aerosmith, Bon Jovi e Eliza Dolittle. E ainda preciso revisitar o Ira, o Biquini e os Engenheiros.

Não quero mais pintar as unhas de vermelho Vanguarda, não como mais Sonho de Valsa, Batom ou Ouro Branco. Não chamo mais bolacha de biscoito, não saio mais pra comprar frutas depois do almoço e o meu não gostar de leite aumentou.

Resolvi que o meu prazo para The Regulators, de Stephen King, termina na próxima segunda-feira, dia 16 de maio, quando imeadiatamente e mais do que depressa já será a vez de Crônicas de Nárnia, volume único.

Decidi que não quero mais fazer as unhas, ir a São Paulo ou chupar picolé de côco. Tudo é claro, no sentido figurado, que tem um sentido mais do que literal pra mim.

Decidi que não entendo pessoas que não têm uma cor preferida e que só sentem a falta das pessoas em seus respectivos ambientes. Afinal, até os daltônicos têm uma cor preferida, mesmo que eles gostem de uma e pensem ser outra.

Resolvi que não me condiciono mais a agir como se não me importasse. Resolvi que, de hoje em diante, sinto exatamente como devo e reajo como me convém. Assim, me machuco menos. Resolvi que não ouço mais as coisas sem revidá-las no tempo certo e não mais imediatamente.

Resolvi que não quero mais conhecer as pessoas a fundo, porque quando elas se mostram o que são, mesmo que não se acredite no que elas dizem, as suas reações podem ser ainda mais inacreditáveis.

No final de tantas resoluções, as nuvens no céu já não mais estavam lá. Só um passarinho sozinho, que parecia voar perdido. E foi incrível como eu me identifiquei com aquele cenário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, o incrível de todas essas resoluções, ao meu ver, é que não passam de meros sintomas de um mistério muito mais profundo e que se manifesta de uma forma que nem mesmo a superfície pode ser vista. A culpa toda é da gravidade, que prende o pássaro a cúpula chamada atmosfera. Por isso que ele está perdido.

Sweet Pandora disse...

sweety... a melhor coisa é perceber que depois de descobrir tudo isso, voce pode RE-DESCOBRIR um monte de coisas novas e outras nem tanto, e tudo estara aqui, da mesma forma e maneira, ou não... só depende de você deixar essas descobertas tranformar em realidade!!!
bjs