quarta-feira, 21 de maio de 2008

Não dá pra entender, acredite!

Bom, o nome do meu blog é Dessemelhanças. Isso quer dizer que a qualquer hora, a qualquer momento pode vir um texto sobre qualquer assunto. Assim como os plantões da Globo. É, sabe aquelas vinhetas do plantão? Tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, taaaaan, tatataaan...essa mesma! Bom, perdi o foco. Mas vamos seguir em frente...

Então, hoje resolvi escrever sobre uma coisa que é tão clichê, mas tão clichê, mas tãããão clichê que dá mais vontade de escrever ainda. Além do mais isso está na minha cabeça e eu preciso desabafar. E que seja em palavras escritas, é assim que consigo ser mais sincera e dizer, ou melhor, escrever tudinho - em detalhes - o que eu tô sentindo. Ah, o amor.

Primeira coisa, um prêmio pra quem inventou esse troço, né?? Aloooooo!! Tava distraído meu filho?? Não revisou?? Eu hein!! Não conheço uma pessoa sequer que não tenha um problema amoroso, uma dor de amor, um amor perdido, um amor não correspondido, um amor sem ter vontade de corresponder. Não existe!!

Mas sabe do que mais? Ainda bem!! Que graça o mundo teria? Em que filmes choraríamos? Só nos de professores renegados pelos alunos rebeldes? Jamais!! É preciso que se fale, que se cante, que se escute, que se descuta. Livros, novelas, filmes, músicas, poemas, poesias.

É uma coisa engraçada. Esse tal de amor faz uma pessoa sair na chuva, atrás de seu (possível) grande amor...mas detalhe, você está arriscado a pegar uma baita gripe!! Se liga colega!!! Mas mesmo assim você vai, e não pensa em nada!! E o pior, acha isso super romântico!! Você liga pra pessoa e desliga quando ela atende!! Isso é clássico! Alguém alguma vez entendeu isso? Tem sentido? Pra essa não tenho resposta.

Quantos estudiosos já escreveram sobre isso? Quantos poetas? Músicos? Escritores? Nem sei dizer. E quantos leigos? Incontáveis. O amor já foi dito em letra de música, em verso, em palavras perdidas, em palavras sem sentido, em prosa e em poesia.

E o mais engraçado é que esse bendito já foi dito de tantas formas que acabou se tornando algo obrigatório. Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Sandy & Junior, NX Zero, Exaltasamba, Nelson Rodrigues, Paulo Coelho, Manoel Carlos, Machado de Assis, José Saramgo, e mais outros tantos. O amor passou a ganhar versões.

Em todas essas "formas" o amor é sinônimo de sofrimento. Gente, pára!! O que é isso. Nesse momento vocês devem estar pensando: mas o que essa criatura infeliz tá dizendo? Até parece que a vida amorosa dela é uma mar de rosas...Querem saber, não é mesmo. Afinal, há alguma outra sensação que doa mais? Eu nunca senti. Como machuca, né?

Bom, agora pela minha versão. O amor é o que a pessoa tem de mais seu, de mais verdadeiro, de mais cru, de mais natural. Nós nascemos amando. Por isso é o sentimento mais doído. Doído sim, não tem outra palavra. Quando uma pessoa se dispõe a amar ela se dispõe a viver com tudo o que o amor te traz.

E vale a pena! Vale a pena sentir aquele frio na barriga, o coração disparado, as pernas tremendo, as lágrimas, o riso, o sorriso, o brilho no olhar, a falta de concentração, a falta de fome. Vale a pena também as noites chorando, as noites sem dormir, o arrependimento pelo beijo que não se deu. A tristeza, a dor psicológica que pouco a pouco se torna uma dor física. A angústia, a falta que se sente dos olhos, do abraço, do beijo, do cheiro, da voz. Vale a pena quando é de saudade e vale a pena quando é de perda. Vale a pena todas as músicas de fossa que você baixou na internet e ficou ouvindo semanas e semanas e semanas.

Quando se ama é impossível não sentir ou não viver nenhuma dessas coisas. Então saia mesmo na chuva, fique gripado. Ligue e desligue enquanto não se cansar a voz de quem se ama. Baixe as músicas de fossa mais bregas que houver. São elas que te confortam. Assista a milhares de comédias românticas e imagine-se naquelas situações. São esses filmes que te reconfortam.

Faça isso e mais todas as outras bobeiras que só uma pessoa que está boba de amor é capaz de fazer. Não se proíba! Não se proíba e não se limite. Sofra, chore, ria, viva, sinta! Sinta falta de estar perto, de ouvir, de sentir, de tocar. Lembre-se do riso, do perfume, do jeito de olhar.

E não se obrigue a esquecer. Faça tudo a seu tempo, a sua hora. Na hora certa você vai se sentir preparado. Mesmo que você tenha que chorar assistindo Meu Primeiro Amor ou Uma Linda Mulher um milhão de vezes, comendo um pote inteiro de sorvete seguido de uma pizza toda.

Ah!! E o mais importante: nunca, jamais, em hipótese alguma tente entender. O amor foi propositalmente feito pra não ser entendido.

Pensa bem, a Bela (aquela do filme da Disney A Bela e a Fera - puxa na memória, certeza que você já assistiu!!) chora de amores pela Fera gente!! A Fera! Sabe, aquele monstro, horroroso, bravo, que quer acabar com a raça do pai dela?? Sim, a Bela chora de amores pela Fera. Ou melhor...ou pior, não sei...o Lima Duarte em Roque Santeiro se fazia de cachorrinho da Regina Duarte como VIÚVA PORCINA!!

Pensa nisso e você vai ver...não dá pra entender.

Nenhum comentário: